Principais quadros psiquiátricos
Principais quadros psiquiátricos
Depressão
A característica comum dos transtornos depressivos é a presença de humor triste, perda de prazer em realizar as atividades que previamente eram interessantes e prazerosas, redução da energia, alteração alimentar e de sono, por vezes, desatenção, desmotivação, fadiga, discurso auto depreciativo, perda do interesse sexual (entre outros). Esta sensação deve perdurar por um período mínimo de 2 semanas.
Veja o vídeo explicativo sobre depressão:
Geralmente, o paciente relata uma história recorrente de períodos depressivos. Neste caso o paciente sente que seu humor permanece deprimido a maior parte do dia, quase todos os dias da semana. Insônia e fadiga geralmente são os sintomas principais. Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável em vez de triste.
Para alguns indivíduos com depressão leve podem não ter repercussões expressivas no trabalho, apenas de demandarem esforços intensos para desempenhar as mesmas funções. A perda de interesse nas suas atividades prévias quase sempre está presente, pelo menos em algum grau. Os membros da família comumente percebem o retraimento social ou negligência em atividades familiares que previamente eram prazerosas – inclusive no interesse em atividades sexuais (segundo relatos do cônjuge).
O quadro pode ser leve, moderado ou grave. As comorbidades (relacionar-se a outros quadros como ansiedade) são muito comuns.
Quando a depressão ocorre por um período maior que 2 anos é chamada de depressão persistente ou distimia. Não são incomuns pensamentos suicidas, por vezes fugazes até recorrentes e com planos estruturados.
É necessário pesquisar causas secundárias de depressão como: histórico de luto, alterações endocrinológicas, uso de medicações ou doenças clínicas propiciadoras.
Veja alguns links relacionados:
No nosso site: www.psiquiatrafloripa.com.br/depressao/
Ansiedade e Fobias
A ansiedade é a antecipação da ameaça futura, na maioria das vezes é normal em nosso cotidiano, nos faz responder a um estímulo que possa nos colocar em perigo ou na possibilidade de atacarmos.
Esta última tem sido frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para o período futuro e comportamento de cautela ou esquiva (o indivíduo começa a não realizar suas atividades pelo medo de que algo possa acontecer).
Na ansiedade generalizada há preocupações comumente envolvendo desempenho no trabalho, escolar, que o indivíduo encontra dificuldade de controlar. Paralelamente, apresenta sintomas físicos como “estar com os nervos a flor da pele”, cansaço, dificuldade de concentração ou ” ter brancos”, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono.
Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida.
No transtorno de ansiedade social (fobia social) o indivíduo torna-se temeroso, ansioso ou começa a se esquivar (evitar) interações ou situações sociais que envolvam a possibilidade de ser avaliado. O pensamento geralmente gira em torno do fato de ser avaliado negativamente por terceiros (pessoas que muitas vezes desconhece).
Busque o acompanhamento psiquiátrico para compreender se você pode ou não estar apresentando tal quadro de transtorno de ansiedade ou fobia social, com maiores detalhes.
Conheça alguns links sobre ansiedade:
Em nosso site: www.psiquiatrafloripa.com.br/ansiedade/
Bipolar / Transtorno
O transtorno bipolar é uma doença mental que causa alteração persistentemente / constante de humor anormal (elevada /expansivo alternando com períodos depressivos).
Veja o vídeo explicativo sobre Transtorno de Bipolaridade:
Há relatos, normalmente, de história de humor irritável, expansível, “busca intensa por novidades”, aumento anormal da energia (agitação psicomotora / sentir-se “muito especial” ou no “melhor que os outros”) ou a atividades corriqueiras ( socialmente, no trabalho ou escola de forma muito intensa ou sexualidade aumentada), além de uma das características mais comuns que é alteração no sono (geralmente o paciente passa a dormir muito pouco e sente que, mesmo assim, possui um sono reparador e disposto no dia seguinte).
Pode haver discurso grandiosos ou inflado (no qual se descreve de forma especial ou por “entusiasmo ilimitado”), redução da necessidade de sono, discurso com velocidade muito rápida ( ou a sensação de pensamento acelerado), na qual na maioria das vezes começa a interromper o discurso dos próximos, apresentar fala inapropriada para o ambiente. Da mesma forma o paciente pode se envolver em atividades com elevado potencial de repercussões dolorosas (negociações insensatas, compras desenfreadas, indiscrições sexuais).
Não é incomum a pessoa se envolver em projetos novos ao mesmo tempo (que podem desencadear até perdas financeiras), iniciados, por vezes, com pouco conhecimento do tópico.
Há inúmeras combinações de variações de humor que chamamos de espectro bipolar – com os quadros clássicos de humor (depressão e hipomania /mania) até quadros, por vezes, menos intensos como ciclotimia, humor misto (variações diárias de humor) e hipomania – estes podem ter seu diagnóstico postergado devido a dificuldade de fechamento do diagnóstico.
Não há necessidade de todos os critérios descritos acima, mas apenas alguns deles pode fechar o diagnóstico de transtorno bipolar.
A duração e o tratamento do quadro devem ser analisados junto com o psiquiatra.
Esquizofrenia
Os sintomas característicos da esquizofrenia envolvem uma quantidade expressiva de sintomas – que alteram a parte cognitiva, comportamental e emocional. É considerada um transtorno psiquiátrico que causa sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade, o que chamamos de psicose.
Os indivíduos com esquizofrenia podem exibir afeto inadequado – ex: rir na ausência de um estímulo. Déficit cognitivo é comum, com prejuízos profissionais e funcionais, com diminuição da memória declarada, na memória de trabalho, linguagem, assim como a velocidade do pensamento.
Segundo o DSM 5:
Ela requer, segundo a última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM 5), a esquizofrenia requer a presença de no mínimo dois dos cinco sintomas para ser preenchido (delírios, alucinações ou discurso desorganizado), comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas negativos (isolamento social, perda cognitiva, redução da motivação, do discurso, no modo de expressar as emoções).
Não é mais definida como uma doença, no sentido clássico do termo, mas como um transtorno mental, podendo atingir pessoas de qualquer idade (geralmente início da vida adulta), gênero, raça, classe social e país. Segundo a Organização Mundial de Saúde atinge cerca de 1% da população mundial apresentarão esquizofrenia.
Conheça mais nos links abaixo:
Site psiquiatra floripa:
https://psiquiatrafloripa.com.br/esquizofrenia/
Pânico /Transtorno
No transtorno de pânico o paciente apresenta ataques de pânico inesperados (sem um motivo aparente), recorrentes (ex: duas vezes na semana), com ataques de medo intenso ou desconforto intenso que atingem um pico em pouco minutos, acompanhado de sintomas físicos (sensação de coração batendo rápido palpitações, falta de ar ou sensação de asfixia, suor intenso, tontura, assim como dor torácica, náusea ou desconforto abdominal) e cognitivo (sensação que irá perder o controle ou enlouquecer ou de que possa morrer).
Um tipo de ataque de pânico inesperado é o ataque de pânico noturno – aumenta a chance de possuir um transtorno de pânico, mas não necessário, pois ocorre em apenas um quarto dos pacientes.
Não é incomum o paciente procurar outras especialidade antes da psiquiatria por medo que possa estar ocorrendo algo clínico (ex: problema cardíaco, pulmonar e até convulsão) ou algo grave (achando que tem risco de morrer), até realizando exames repetidamente, de forma desnecessária. pode também ser desencadeado ao realizar atividade física e, por isso, o paciente começa a evitar ir , por exemplo, na academia ou correr.
Existem indivíduos com agorafobia apresentam sensação de apreensão frente a alguns exemplos como: andar em transporte público, permanecer em espaços abertos e estar em locais fechados; ficar em uma fila, permanecer em meio a uma multidão por exemplo. Teme e começa a evitar tais situações pelo medo de não ser auxilado ou que não consiga escapar – passa a evitar tais locais ou necessitar sempre ir acompanhado.
Em nosso site: www.psiquiatrafloripa.com.br/parar-de-fumar-os-primeiros-passos/
Insônia
Se você tem alteração do sono temos uma página no BLOG que irá lhe auxiliar com várias medidas fáceis e práticas como aumentar seu sono em tempo e qualidade.
Seria importante que faça um diário do sono para entender melhor como seu sono funciona (ao dormir e ao acordar). Nele você pode descrever sua sensação antes e depois de uma noite de sono, sua sensação de sono ininterrupto (fragmentado) ou se você sente que tem acordado antes do tempo. Seria importante que o leve para seu médico (psiquiatra ou neurologista).
Veja o vídeo explicativo sobre os principais Transtornos do Sono:
As dificuldades perceptíveis de sono
Podem ocorrer das seguintes maneiras:
*Para iniciar o sono (quando maiores que 20 a 30 minutos)
*Para manter o sono (acordar após 30 minutos de sono e permanecer
mais que 30 minutos sem retomar o sono) e
* Insônia terminal – acordar antes das 6 horas totais – mínimas – de sono e , assim, diminuindo o tempo total do sono.
Existem alguns fatores de risco para insônia (segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM 5):
Temperamentais: ansiedade, predisposição a preocupações, tendência a reprimir as emoções
Ambientais: ruído, iluminação, temperatura desconfortavelmente elevada ou baixa, além de variações intensas de altitude.
Genéticos: sexo feminino, idosos e histórico familiar presente de insônia.
Tal dificuldade pode estar relacionada a um transtorno do sono ou clínico como: apneia, alterações do ciclo circadiano, narcolepsia, alterações de movimento de pernas /membros, problemas clínicos / médicos, depressão, ansiedade ou um transtorno de insônia por si só (primária).
Um psiquiatra poderá lhe auxiliar e , talvez, quando necessário encaminhá-lo para a realização de polissonografia (exame que avalia o sono com várias medidas do sono) ou orientá-lo a fazer um diário do sono (ao dormir e acordar) para que, dessa forma, possam avaliar a causa e o período que possa ocorrer a insônia.
Saiba mais nos links abaixo:
Em nosso site: www.psiquiatrafloripa.com.br/insonia-sono-reparador/
TDAH
Na infância
O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é considerada uma doença do neurodesenvolvimento e o quadro inicia-se na infância. Primeiramente, pensava-se que este era um transtorno exclusivo da infância, mas ao longo do tempo e estudos, evidenciou-se que o transtorno permanecia até a vida adulta. O seu diagnóstico atualmente encontra-se em voga. Isso ocorre porque o número de crianças e adultos usando estimulantes (tratamento instituído para TDAH) tem crescido.
Trata-se de um aumento no número de diagnósticos ou do uso indiscriminado dessa medicação?
Levando em conta isso, importante fazermos algumas colocações. O uso indiscriminado de estimulantes tem chamado atenção. O emprego de estimulantes é muitas vezes feito erroneamente, sem devida avaliação especializada, não sendo prescrito com segurança e devidas indicações baseado em diagnóstico detalhado.
O uso de metilfenidato ( um dos estimulantes utilizados) para qualquer criança taxada de hiperativa ou para adultos que se sentem desatentos frente a tantas demandas de trabalho ou estudo, é superficial e perigoso. A avaliação de uma criança com hiperatividade e desatenção deve ser feita detalhadamente visando excluir outras causas para tais sintomas apresentados. Só assim, o uso desta medicação será feito corretamente e baseado em evidências científicas (estudos).
Na vida adulta
Quando um adulto traz queixas de desatenção e hiperatividade, também deve ser feita uma avaliação pormenorizada, a fim de que outros diagnósticos sejam excluídos como possíveis causadores dos sintomas. É comum, por exemplo, um adulto queixar-se de desatenção, dificuldade para concentra-se em concluir seus trabalhos e estudos nos prazos previstos. Ao ser investigado, pode-se constatar que se trata de um quadro de ansiedade ou depressão, que por si só também são geradoras de desatenção e baixo rendimento, e que nada tem a ver com TDAH.
Um diagnóstico correto e tratamento adequado evita muitas prejuízos ao longo da história de vida de uma pessoa com TDAH. Estima-se que, em média, uma pessoa com TDAH leva até 12,5 anos para ser diagnosticada corretamente, levando a uma cronicidade e manutenção de problemas funcionais, executivos (planejamento, organização) e no desempenho.
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